segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bolo de Cenoura com Especiarias

Uma forma divertida de incluir verduras na alimentação, veja esta receita de Bolo de Cenoura, onde foi acrescido nozes, mel e especiarias.
Cenoura – Super fonte de beta caroteno
A cenoura é considerada uma super fonte de beta caroteno, que é um poderoso agente anti-câncer e protetor das artérias. Melhora o sistema imunológico e combate infecções por sua propriedade antioxidante. Reduz o risco de infarto e câncer de pulmão em fumantes. Diminui a incidência de doenças degenerativas da visão (catarata e degeneração macular) e de angina (dor no peito). Possui vitaminas B e C, cálcio e potássio. Estudos indicam que uma cenoura por dia diminui em 68% o índice de derrames em mulheres. A fibra solúvel presente na cenoura ajuda a diminuir o colesterol no sangue.

Um estudo recente mostrou que a ingestão de 200g de cenoura por dia pode levar a uma redução média de 11% dos níveis de colesterol em 3 semanas. Níveis de colesterol mais baixos reduzem os riscos de doenças cardiovasculares.


O consumo excessivo de cenoura pode levar a formação de pigmentos na pele de cor amarelada, por ter um alto teor de carotenóides e bioflavonóides, devendo desaparecer dentro de poucas semanas se reduzir o consumo de cenouras.

Bolo de Cenoura com Especiarias
Ingredientes:
Serve: 8 
3 cenouras médias raspadas e picadas
3 ovos
1 xícara de óleo
11/2 xícaras de açúcar
1/2 xícara de mel
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
300 gm de nozes picadas
Canela e Cravo em pó
Uvas passas.
1 pitada de sal
Manteiga para untar
Farinha para polvilhar

Modo de preparo:
Bata no liquidificador todos os ingredientes, menos as passas e as nozes, que serão acrescidas a farinha, vá colocando aos poucos e misture muito bem.
Unte e enfarinhe uma forma. Despeje a massa nela. Asse em forno médio preaquecido por 40 minutos. Tire do forno, espere amornar e desenforme. Cubra com açúcar confeiteiro e Mel

Degustação de vinhos em Salvador, pilotada por Manoel Beato

Manoel Beato: degustação de vinhos em Salvador para apenas 30 convidados

Considerado o melhor sommelier do Brasil, Manoel Beato, do restaurante Fasano, de São Paulo, estará em Salvador para sentar se à mesa com poderosos. É que a Moura Dubeux e a LB Home estão armado degustação especial de vinhos, dia 26 de agosto, no stand do Mansão Baiano de Tênis, na Graça. 




Considerado o melhor sommelier do Brasil, Manoel Beato prova quase 20 mil vinhos por ano e se senta à mesa com os poderosos

Beato, na verdade, é um especialista em tomar decisões – e pelos outros. Cabe ao sommelier, afinal, sugerir à freguesia o que beber durante um jantar. Em condições normais, essa seria uma tarefa delicada. Torna-se crítica, considerando-se o nível de exigência e a expectativa dos clientes que frequentam o quarteto de restaurantes do grupo Fasano. “Ainda assim, minha margem de erro é baixíssima”, diz Beato. “Fica próxima de 2%, ou uma vez a cada 50 escolhas.”

Uma pontaria tão certeira não se constrói ao acaso. Requer método. Pois Manoel Beato desenvolveu um sistema de sugestões, cujo resultado prático é minimizar eventuais deslizes dos seus conselhos etílicos. Na prática, ele leva em conta três variáveis: o contexto da ocasião, o perfil do freguês e, claro, as peculiaridades dos vinhos. O mérito de Beato consiste em balancear esses elementos com mestria.

A primeira fase do processo consiste na identificação do contexto. Trata-se de um jantar romântico, um encontro de negócios, algum tipo de comemoração?  Existem tradições, mundialmente estabelecidas, que servem como ponto de partida nesses casos. Em encontros de negócios, um clássico cai bem. Nas celebrações de qualquer espécie é recomendado um brinde com espumante. Se for um aniversário romântico, vale o ritual completo: espumante de entrada, vinho branco seguido de um tinto, outro adocicado e licor, para terminar. Tudo em harmonia com o chef, em busca da combinação ideal entre pratos e bebidas.

A definição do perfil do público, o segundo elemento do método, é mais complexo. Aqui, pesam os 22 anos de experiência como sommelier. Beato classifica os frequentadores do Fasano em quatro grupos. No primeiro, estão os clientes que gostam de segurança. Eles, em geral, optam por clássicos. Esses vinhos compõem 30% da carta. Já os conhecedores, que são frequentadores assíduos do Fasano, querem ser surpreendidos por sabores novos ou raros. Para eles, o preço não é problema. No terceiro time, encontram-se experts, mas que resistem a surpresas. Nesse caso, o melhor a fazer é deixá-los decidir. Por fim, o quarto bloco é formado por visitantes esporádicos que, entendendo ou não de vinhos, não querem gastar mais do que R$ 120

A chave está na observação

Os clientes do tipo dois, assíduos e afeitos a surpresas, são a maioria: 85% do total. Para identificar os demais, o sommelier desenvolveu algumas ferramentas úteis. Beato entrega a carta de vinhos e observa a forma como ambos (a carta e o freguês) se relacionam. Se a pessoa vira as páginas, relendo as opções, ele interfere: “Gostaria de uma ajuda?”. Quando se trata de alguém que entende do assunto, mas resiste a surpresas, a resposta é “não”. “Muitos têm receio de que, julgando pela aparência, você abuse no preço da escolha”, diz. É comum que esse tipo de cliente volte outras vezes ao restaurante e, pouco a pouco, leve em conta a opinião do especialista.

Quando a pessoa diz “sim” à oferta de auxílio, Beato inicia um processo de sondagem. Que tipo de vinho gosta? Até que ponto é aberto a novidades? Quanto quer gastar? A primeira e a segunda questão são feitas de maneira direta. As respostas ajudam a indicar o grau de conhecimento do cliente. “É comum uma pessoa falar em um tinto suave”, afirma. “Mas tinto suave, a rigor, não faz sentido. Os tintos são ácidos, taninos, frescos, vivazes. Assim, percebo que ela não conhece muito, mas entendo que se refere a um vinho adocicado.”

A tática para saber até quanto uma pessoa está disposta a gastar requer sutileza na execução. A maioria dos frequentadores do restaurante evita o assunto. Por elegância, Beato também. Então, ele aciona o botão do “estímulo visual”. Ele mostra algumas opções na carta, com variações de preços, impressos ao lado do nome do vinho. A partir da reação da pessoa, entende qual é a disposição do freguês para abrir a carteira.

Diversidade de preço e prazer
Para sugerir com eficácia, é preciso ter um suporte adequado – e variado. A adega do Fasano é formada por 350 vinhos, com um total de 4 mil garrafas. Diariamente, 40 unidades são vendidas. Um dos critérios para a escolha desse estoque é o preço. É necessário oferecer opções nesse quesito. Os valores dos rótulos selecionados por Beato oscilam de R$ 95,00, para o tinto espanhol Viña Borgia (safra 2012), a até R$ 16 mil, pelo Petrus, de Bordeaux (1978). O lucro do restaurante é sempre o mesmo: duas vezes o custo.

Metade da adega é composta por vinhos na faixa de R$ 150 a R$ 200, os mais vendidos. Em seguida, aparecem os de R$ 450, preferência de 30% dos clientes. Os mais baratos, por volta de R$ 100, são minoria. Representam 20% das opções. Apenas uma garrafa de R$ 1 mil é vendida por dia. Por mês, 12 clientes pagam acima de R$ 4 mil por um vinho. Há ainda os exemplares fora da curva, como um Romanée-Conti (safra 1985), de R$ 42 mil. Ele foi arrematado, no ano passado, por “um viajante desconhecido”, depois de dormitar por dez anos na adega do Fasano.

É óbvio que a escolha dos eleitos para formar a adega segue critérios técnicos. Para fazer a sugestão adequada, Beato precisa ter à sua disposição tipos diferentes de bebida. Como no caso dos preços, diversidade é o termo-chave nesse item. Os elementos da equação são os tipos de uva, as regiões de origem, os estilos (leve, encorpado, fresco…). Há ainda inúmeras variações e combinações possíveis entre esses fatores.

O problema é que as novidades surgem a todo momento. Acompanhar o mercado é dificílimo. O volume e a velocidade com que os dados surgem são estonteantes. Beato, por isso mesmo, criou uma rede de informantes. Ele os batizou de “antenas”. “Não consigo ser especialista em tudo”, afirma. “Então, sigo alguns estudiosos, além de outros profissionais e até amadores respeitáveis.” Toda semana, ele experimenta novos vinhos. Em São Paulo, onde mora, ou em viagens pelo mundo, em restaurantes e em casa de amigos.

Há ainda a fonte convencional de informações: os fornecedores. Pelo menos 40 distribuidores de bebidas o procuram constantemente. Ele trabalha com, no máximo, 15 por vez. Também fica atento à movimentação das pessoas pelo mercado. Recentemente, soube da saída de um diretor de uma grande importadora. “Agora, a empresa está com uma lacuna”, diz. “Eu estou de olho, para ver quem vai assumir o cargo.” Enquanto isso, o diretor que saiu da importadora montou uma pequena distribuidora da qual o sommelier já é comprador.

A arte de “ler” o cliente
O fator safra também pesa na escolha dos vinhos da adega. Nesse caso, a conta é simples. A maioria dos vinhos oferecidos no Fasano foi produzida a partir de 2000, com exceção de alguns rótulos que remontam à década de 70. Com a popularização da bebida e o consequente aumento da competitividade nesse mercado nos últimos anos, manter garrafas no estoque por muito tempo não é um bom negócio. Até porque quanto mais velho, mais caro e mais difícil de o produto ser vendido. “Essa é uma realidade do Brasil”, afirma Beato. “Noventa por cento dos vinhos comercializados no país não estão no seu apogeu.”
Tão importante quanto fazer a escolha correta é não insistir numa sugestão. Ao contrário, sempre que encontra um interlocutor reticente, Beato tira o time de campo. “Acato a decisão”, diz. O melhor de tudo, porém, é saborear o prazer de uma indicação bem-sucedida. É isso o que acontece quando ele oferece, com sucesso, um rótulo a um apreciador com vasto conhecimento do assunto. “Essas apostas são os trunfos do sommelier”, afirma. “Principalmente, quando se trata de vinhos de muita qualidade e com um preço inferior ao de outros comparáveis.” Pela dificuldade em encontrar produtos que atendam a esses requisitos, eles não representam mais do que entre 5% e 10% do estoque.

Beato conta que, certa vez, indicou um vinho para um “cliente especial” (um conhecedor, bilionário), cujo nome ele não quis citar. O freguês, de cara, ficou reticente em aceitar a sugestão. Topou, contudo. Ele gastava, em média, R$ 2 mil por uma garrafa. Em vez de levar uma bebida com preço semelhante, Beato resolveu arriscar. Apresentou uma novidade: o Cheverny Clos du Tue-Boeuf, safra 2009. O empresário adorou a bebida. Quando a conta chegou, revelou-se a melhor parte da surpresa: o preço do vinho, R$ 209. “Isso fideliza o cliente.” 

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Ideias/noticia/2014/12/como-escolher-o-vinho-certo.html

Crowdfunding, produtores tiram seus projetos do papel.

Cansados de depender de editais públicos do Estado ou do incentivo de empresas privadas, artistas e agentes culturais cada vez mais buscam maneiras alternativas de financiar seus projetos.
Hoje selecionei um  livro de contos e crônicas, que se chama "DOR DE FACÃO & brevidades" da minha amiga Rosana Almeida

Sempre fui amiga das letras. Minha mãe se orgulhava de que aprendi o alfabeto inteiro antes dos dois anos, apesar de só ter entrado na escola aos quatro. Aos nove, peguei catapora e resolvi começar um diário enquanto precisava ficar de molho. Tenho o dia a dia de minha vida até quase os 30 anos guardada em cadernos que entopem os armários aqui em casa.
Comecei também muito cedo a escrever histórias e peças teatrais - algumas encenadas na escola - e, mais adiante, roteiros para vídeos, realizados pela produtora que fundei com alguns amigos, denominada DROPAUTE.
Por volta dos trinta desviei meu foco para cinema e vídeo. Apesar das dificuldades de produzi-los de maneira independente durante os anos 80 e 90, conseguimos lançar alguns títulos e participar de festivais nacionais e internacionais, em alguns dos quais fomos premiados. 
No fim dos anos 90, voltei a fazer literatura. Cheguei a preparar um livro  intitulado "Porque sim." (muito antes do slogan da cerveja!!!) mas acabei achando que não estava bom o suficiente. Há coisa de quatro anos, comecei um blog (rosanamilliman@wordpress.com), de onde foram retirados a semente dos textos que compõem este livro que espero poder publicar com a sua ajuda.
"DOR DE FACÃO & brevidades"  reúne  45 contos e crônicas que são a cara da Salvador em que vivi e vivo. Quem mora nesta cidade tem tudo para se identificar. Quem mora alhures poderá também fazê-lo, uma vez que a alma dos homens será sempre a mesma, independentemente da época e da latitude. 
Lanço esta campanha no intuito de coletar fundos que me permitam levar a cabo todo o processo de editoração até a publicação do livro, inclusive seu lançamento. 
Espero que você se anime a participar! Estou certa de que pelo menos alguns, senão muitos dos meus textos, falará ao seu coração.

IX Seminário do Museu da Gastronomia Baiana. "Bahia de Todos os Feijões" , " O Feijão na mesa contemporânea" 1 parte

Um dois Feijão com Arroz, três quatro, Feijão no Prato ou A importância do Arroz e Feijão no Prato Brasileiro.
FEIJÃO COM ARROZ: A COMBINAÇÃO PERFEITA
Juntos, eles formam uma proteína que faz toda a diferença para a sua saúde. A dupla também ajuda a equilibrar os níveis de glicose no sangue e é aliada da saúde bucal.
Tendo como mestre de cerimonia, anfitrião e curador o antropólogo Raul Lody, deu-se inicio ao trabalhos do seminário na ultima terça dia 25 de Agosto, no Teatro do Senac Pelourinho, as 14:30, com  220 inscritos o IX SEMINÁRIO "FEIJÃO" no MGBA.
A primeira palestra foi proferida pela professora Priscila Zarzuc,  trouxe o tema"Feijões, histórias e agricultura no Brasil." Contando um pouco sobre o trabalho que vem desenvolvendo na Embrapa, ressaltou a importância do

Feijão que conjugado com o Arroz, é um alimento perfeito que supre e completa cerca de 25%,  proteína de boa qualidade na nossa alimentação, enfatizou a presença da reposição da vitaminas do complexo B Antioxidantes, e das fibras solúveis.Alem disso vários estudos estão sendo desenvolvidos pela Embrapa, na melhoria de variados tipos de feijões.
Ressaltou campanhas que vem sendo feitas para um maior consumo na cultura americana. A Embrapa dispõe de um banco de dados sobre sementes disponíveis no mercado, salientando a disponibilidade de acesso a toda a comunidade, alem de oferecer esclarecimentos e duvidas suprindo as carências de informações. A Priscila Zarzuc, finalizou sua explanação relembrando que 2016, será o ano dedicado as leguminosas.
A segunda palestra ficou a cargo da Lilian Lessa, com tema "Do feijão de Leite ao Acarajé os aspectos nutricionais" veio acompanhada do seu pai, Sr. Antonio Andre Lino, talvez um dos momentos mais emocionantes do Seminário.

Ela iniciou fazendo uma panorâmica dos valores nutricionais dos tipos de feijões. Citou a importância dos feijões em todos os momentos de nossa vida, uma questão que ao seu ver diz respeito a força que as leguminosas tem em favor da nossa cultura.

A segunda mesa 2, brilhantemente conduzida pelo Chef Elmo Alves, como mediador,
"O feijão na cozinha de matriz africana", ele é Docente do SENAC-Bahia. Graduado em História pela UCSal
E teve como convidados a Alaíde do Feijão, que fez um relato emocionante de sua trajetória, herdada de sua mãe, com um tabuleiro de feijão, na praça Cayru.
A cozinheira é Proprietária do Restaurante Alaíde do Feijão, no CHS, mais precisamente no Pelourinho, onde prepara uma serie de iguarias com forte acento na cozinha popular da Bahia.
O outro convidado, Ricardo Aragão é Professor Mestre em Ciências Sociais. Fez um relato muito interessante sobre uma das grandes características da culinária de raiz afro descendente, o ato de compartilhar entre todos o alimento sagrado. Numa outra abordagem, sobre o tema do alimento de raiz africana, o Pedagogo e Mestre em Africanidades, Rychelmi Imbiriba, que é neto de santo de um dos mais importantes babalaôs da Bahia, o Sr. Procópio, revelou as duas hipóteses sobre a criação da Feijoada de Ogum.
Na primeira ele remete a expulsão de um filho de santo da roça, o que teria acarretado a queda da casa do Babalaô, que ficou incumbido de prepara uma comida e trazer de volta seu discípulo.
Continua..

domingo, 30 de agosto de 2015

Por que a moda do gourmet pegou tão rápido no Brasil

Para jornalista David Sax, brasileiros e americanos são mais abertos a tendências gastronômicas

Por Thiago Minami

Não é preciso dispor de uma máquina do tempo para saber que, há menos de dez anos, quase ninguém no Brasil conseguiria definir um cupcake ou uma paleta. Um voo mais distante no passado, até a década de 1970, revelaria um país onde a ideia de comer fatias de peixe cru sobre arroz com vinagre e açúcar soaria provavelmente grotesca ou, no mínimo, exótica.

Hoje tudo isso é normal.
O jornalista canadense David Sax interessou-se por saber de onde vêm as modas alimentícias. Dos mais diversos tipos, como as gastronômicas, veiculadas por restaurantes famosos, ou as relacionadas à alimentação saudável, como chia, linhaça ou óleo de coco. Para ele, Brasil e Estados Unidos tendem a abrir-se mais a modas e tendências gastronômicas, pois ambos têm história culinária recente e grande influência de imigrantes. É o caso, por exemplo, do conceito de “gourmet”.

O fruto da investigação é o livro The Tastemakers – Why we´re crazy for cupcakes and fed up with fondue (Os Formadores do Paladar – por que somos loucos por cupcakes e já enjoamos de fondue, à venda, em inglês, aqui).

cupcake
Cupcakes: moda começou com uma cena de 20 segundos no seriado Sex and the City
Sax defende as modas e o gourmet. Acredita que são processos naturais, que levam à evolução do paladar. Menciona o spaghetti ao sugo, indiscutivelmente italiano: nasceu com massa inventada pelos chineses e o tomate originário da América Latina.

A época das Grandes Navegações, de fato, provocou modificações radicais e definitivas nos hábitos alimentares mundiais. É possível imaginar pratos tailandeses sem pimenta e os alemães sem batatas?

Nos dias de hoje, as modas parecem andar bem mais depressa. Sax diz que não devemos resistir. Para ele, é a mão invisível do mercado que vai regular as coisas, de modo que algumas tendências vão continuar e outras, desaparecer.


REVISTA GOSTO: Quando eu dava aulas para crianças brasileiras de classe média alta há alguns anos, perguntei a elas uma vez se tinham uma comida favorita. A maioria respondeu “sushi”. Existe algum risco de que pratos tradicionais, como a feijoada, caiam no esquecimento no futuro? Você acha que norte-americanos e latino-americanos somos mais abertos à tendências e modas na gastronomia?

David Sax: Existe a possibilidade, mas a realidade é que as pessoas comem o que elas querem, e os seus alunos gostavam de sushi não só pelo sabor e a experiência, mas porque eles eram mais internacionalizados e sofisticados. Nosso paladar está sempre evoluindo, especialmente em países como os nossos, onde a culinária tem uma história mais recente, maior número de imigrantes e acesso a influências do mundo todo.

O que faz a culinária brasileira tradicional é a combinação única de influências atrás da história, mas, na realidade, são diferentes tipos de comida e culinárias colidindo. Então feijoada é tão tradicional como quibe ou esfiha, trazidos pelos sírios e libaneses, ou comida japonesa no bairro da Liberdade. Ao mesmo tempo, produtos típicos brasileiros como cachaça e açaí tornam-se normais no exterior. A culinária é um sistema aberto, em constante mudança. Pense no “tradicional” macarrão italiano ao sugo: o macarrão foi inventado pelos chineses, os tomates nem existiam na Europa antes de Colombo.

Ainda que de vez em quando surjam tendências na Europa, a maior parte das modas que a gente segue no Brasil vêm dos Estados Unidos: cupcakes, sushi califórnia, hambúrgueres, frozen yoghurt, iogurte grego…É possível que o oposto ocorra também? Feijoada e brigadeiros sendo um grande sucesso por lá?

Eu pessoalmente odeio brigadeiros…Gosto mais de pastel de nata, ou mesmo de quindim. Mas sim…É plenamente possível que a feijoada e o brigadeiro virem moda, como já aconteceu com a caipirinha e o açaí. A razão pela qual os EUA são tão dominantes em criar tendências é que o país é o mais aberto a imigrantes, e atrai pessoas de todo o mundo que querem experimentar algo novo.

Além disso, não são tão ligados aos colonizadores como são Brasil ou Argentina, por exemplo. Então todos estão mais abertos a enfoques mais experimentais, como o dinamarquês recentemente ou a nouvelle cuisine francesa nos anos 1980.

É plenamente possível que a feijoada e o brigadeiro virem moda [no exterior].

Algumas pessoas criticam o termo “gourmet“ menos por suas implicações sociais e mais por seus aspectos práticos: alimentos comuns sofrem modificações e passam a custar duas ou três vezes mais, com pouca melhora na qualidade. Deveríamos ser mais resistentes a isso, na sua opinião? Ou é um fenômeno inevitável?

Certamente quando a qualidade não existe, devemos não apenas resistir a isso, mas provavelmente o mercado tampouco garantirá a sua existência. Princípios básicos de economia. Agora, se um aumento no preço se refletir em qualidade, aí deve funcionar.

Por exemplo, se você está na praia e um vendedor passa vendendo Mate Leão, enquanto um outro oferece um novo tipo por um real a mais. Se o sabor for melhor, e também representar ganhos para o meio ambiente (ou algo do tipo), provavelmente não haverá problemas em pagar o extra. Só que aí surgirão outros vendedores com o produto melhor, e então a Mate Leão também vai oferecê-lo.

Algo parecido aconteceu no Canadá: há dez anos, pagávamos 10 dólares por uma caixa de leite orgânico. Agora dá para achá-lo em supermercados por apenas 5 dólares. Portanto, não há razão em resistir ao produto gourmet, porque rapidamente ele se torna parte do nosso cotidiano de um modo mais acessível.

Desnutrição e dietas desequilibradas têm se tornado um problema sério em diversos países . É consequência de hábitos alimentares fracos, que rapidamente se adaptam a tendências e modas? Existe alguma diferença entre o que faz a indústria alimentícia e o que fazem restaurantes e chefs, nesse sentido?

É uma questão muito complicada. Modismos alimentares podem mexer com isso de muitos jeitos, seja para o bem (fazendo as pessoas se importarem mais com verduras e alimentação saudável) ou para o mal (popularizando refrigerantes gigantes e comidas ruins). Não acho que hábitos alimentares fracos tenham efeito direto em saúde e alimentação.

Muitas pessoas engordam e adoecem no Rio, onde é comum consumir o mesmo tipo de comida todos os dias, seja pastel ou pão de queijo ou muitas latas de cerveja. Quanto há diferente entre a indústria alimentícia e restaurantes, qualquer que seja o tamanho da empresa, seja um vendedor de pipoca na praia ou o McDonald´s, todos vão vender o que acreditam que dá mais dinheiro, seja saudável ou não-saudável, tradicional ou inovador, caro ou barato.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Mulher Michoacana elabora tortillas bicolores em Encuentro de Cozinha

Juanita Bravo levou suas tortillas à Nairobi e Paris, onde UNESCO catalogou as cozinhas tradicionais do México como patrimônio cultural imaterial em 2010.
Juana e suas tortillas
Baixinha, morena, vestida com seu vestido tradicional Purepecha, seu cabelo preto e tensionado, presume Juana Lázaro Bravo que faz tortillas, que são bicolores, no Encontro Nacional de cozinha tradicional.

É uma mulher indígena, um dos oito cozinheiros mestres do estado de Michoacan, e já excursionou pela Europa, África, América e grande parte do país.
Coexiste com a facilidade com funcionários e líderes, ela está orgulhoso do que ela é e o que ele sabe fazer.
Aos 56 anos, Joana diz que as possibilidades são infinitas: "Minhas tortillas  bicolores  não são apenas a minha carta, mas meu passaporte e visto para qualquer lugar."

As tortillas de Juana são únicas, já que ela prepara com milho orgânico branco e azul; nixtamal tem o cozimento exato e cal; a massa é moído na pedra, e o mais importante, as tortillas são feitas à mão e cozidas na chapa de argila.
Eles são ideais para comer sozinho, mas se você usá-los para acompanhar o atápakua (um tipo de mole) e churipo (caldo com chili e carne), que são outras especialidades de Dona Juana, que já se tornou uma iguaria .
Ela estrelou o momento não só pela sua presença, mas por sua contribuição, porque ela prepara pratos que foram merecedores do México que fez este reconhecimento.

Está ciente da sua importância? "Bem .... sim, ela disse com grande sorriso, enquanto monitora os seus pratos preparados no Encontro Nacional de cozinha tradicional, que tem lugar em Morelia.
Veja o vídeo da técnica da Juana trabalhando as Tortillas Bicolores no Sigulink

Festival Gastronômico Degusta 2015 tem presença da Juliana Venturelli

Festivais apostam em uma gastronomia com um perfil menos comercial e com a cara do Brasil.  Festival Gastronômico Degusta leva a pesquisadora Juliana Venturelli, para palestra e exibição do filme sobre a Cozinha Sul Mineira.
O evento vai ser realizado durante todo mês de setembro e contará com a participação de 21 estabelecimentos, entre restaurantes, bares, lanchonetes e cafeterias. Nos anos anteriores o evento foi um grande sucesso. Turistas vieram de todas as partes e uma grande parte da população local foi mobilizada e participou ativamente, percorrendo o circuito gastronômico e dando grande incentivo para que os estabelecimentos se mantivessem focados em oferecer sempre o melhor ao seu público.
Agora em 2015 a criatividade desses profissionais da cozinha será posta à prova com o tema “Tradição Mineira”, que abre um enorme leque de possibilidades a serem exploradas. As expectativas são de que haja um crescimento no número de visitantes, por conta do interesse gerado pelo evento e também por uma maior diversidade no perfil de participantes, permitindo que as cafeterias e lanchonetes locais também possam colocar as suas delícias. A pesquisadora e cozinheira Juliana Venturelli, da voz a personagens reais como Zuca, Leila, Nair, Benedito, Aurora Isaura, Dona Alice, Gracinha, Maria Lúcia, Orminda, Maria Amélia, Ângela e temperam com muito sabor o projeto comandado pela pesquisadora nos “Cadernos de receitas: narrativas culinárias”.

Juliana viajou e bateu nas portas de casas que guardam os tesouros culinários das famílias das cidades do sul de Minas Gerais. São receitas com sobrenome e que carregam a história pessoal, da família e do território. Por trás de broas de milho, biscoitos, balas de coco, bolos de fubá e de refeições completas há muito saber, afeto, memória e tradição. A região escolhida é cortada pela Estrada Real, que levava o ouro das Minas Gerais para o porto de Paraty para ser escoado para a Europa durante o Brasil Colonial. Na observação contemporânea da autora, a própria estrada que tem o caminho novo e o velho “curiosamente, há (também) dois caminhos culinários no mesmo sentido: o Velho e o Novo. As tradições culinárias se mantêm acesas assim como seus fogões à lenha, mesmo com a chegada da globalização e da tecnologia.”
Com o olhar poético voltado aos frutos da terra e aos saberes da cozinha, Juliana reuniu estes relatos e compartilha sua experiências.
Serviço:

Festival Gastronômico Degusta 2015. Dia 26 de Setembro às 19:30 Local: sala de projeção do Hotel Central Parque

Arroz Caldoso-Uma delicia pouco conhecida de nós brasileiros, mas que guarda os mais deliciosos atrativos

A Cozinha Espanhola, tem por característica a valorização dos produtos locais, uma cultura que soube tirar proveito da grande qualidade, quantidade e diversidade dos seus elementos gastronômicos, mariscos, carnes, embutidos, enfim, uma Ode a biodiversidade.
O Caldero, recipiente onde é preparado o Arroz Caldoso

Muitos o conhecem como "Caldoso", literalmente significa "arroz úmido" e consiste em um caldo (caldo) acrescido de arroz com diversos aromas e ingredientes extras. 
A receita é bastante variada, dependendo em que região da Península Ibérica é preparado. 
As variações desta gama prato de uma receita bastante semelhante ao italiano risoto, para uma sopa de arroz, para um prato que poderia ser confundido com paella.

Caldero de Cerâmica.
O Caldoso sempre contém caldo de qualquer tipo de carne, alguns alho e / ou cebola e arroz de grão curto. Muitas receitas pedem cebolas caramelizadas e em algumas receitas uma pequena quantidade de lentilhas são lançados para ajudar a engrossar o caldoso e adicionar sabor.

Caldoso com frutos do mar 
Caldoso com carne servida em uma panela funda.
Esta versão exige a adição de fumado páprica (pimenton) e sua escolha de frutos do mar (geralmente mexilhões, camarão ou amêijoas) e água extra, que a deixa em um estado semi-líquido. Quando servido, a comida do mar é apresentado na parte superior do arroz.

Rias Baixas
As Rias Baixas formam a parte sul da área costeira da Galiza. Com temperatura baixa, os mariscos desta região, gozam de uma qualidade excepcional, Ocupam a costa oeste da província da Corunha e toda a costa da província de Pontevedra, desde o Cabo Fisterra até a fronteira portuguesa. É formada, de norte a sul, pelas seguintes rias:
Ria de Corcubión Ria de Muros e Noia, Ria de Arousa Ria de Pontevedra Ria de Vigo                                   
Os Espanhóis gostam de comer e comer bem. Almoços e jantares de lazer tardios não são o monopólio dos ricos. 
Eles fazem parte da cultura Espanhola. Cada região tem sua própria cozinha. Madrid é famosa por suas tripas e seu cocido, um prato rico de carne cozida. Valencia e Murcia são a terra da paella, o prato de arroz com açafrão, frutos do mar e frango.

Outra região de grande importância e produtora de mariscos de excelente qualidade é Andaluzia, o porto de Cadiz, é está localizada no sudoeste da Espanha, na região da Andaluzia. Como grande cidade portuária, é a porta de entrada para outras cidades do interior do país.

Cidade de Cádiz
Em Cádiz as ruas irregulares da parte velha da cidade (o Casco Antiguo) contrastam com as largas e elegantes avenidas dos novos distritos. Uma característica singular desta cidade são as árvores gigantes, que dizem terem sido trazidas por Cristóvão Colombo.

Listei algumas curiosidades a cerca da cultura Gastronômica Espanhola.
Sabia que a Espanha é o maior produtor mundial de azeite de oliva?

A Espanha é  certamente o maior produtor mundial de azeite de oliva com safras anuais que superam o milhão de toneladas. Isso representa perto de 60% do azeite produzido na União Européia. No sul da Espanha, a região de Andaluzia é a maior região de cultivo de oliveiras no mundo.
Quais são  os países que mais importam azeite de oliva espanhol?
A Espanha é  o maior exportador mundial de azeite de oliva, sendo os seus principais clientes importadores outros países produtores, como a Itália e Portugal e países consumidores como os EUA, Austrália ou Brasil.

Espanha: maior exportador mundial de azeite de oliva.
A Espanha é  o maior exportador mundial de azeite de oliva e as suas marcas estão presentes em todos os continentes, tanto nas lojas, como nas casas ou nas criações dos mais renomados chefs.
Você  sabia que a Espanha tem mais de 260 variedades de azeitona?
Isso faz com que a Espanha possa produzir excelentes azeites monovarietais de picual, hojiblanca, cornicabra e arbequina, entre outras ou fazer blends que combinem as propriedades de cada variedade.
Qual a diferença entre azeite de oliva e azeite de oliva extra virgem?
O azeite de oliva é o suco natural da azeitona. Quando ele tem excelentes propriedades de qualidade e uma acidez inferior a 0,8º é denominado azeite de oliva extra virgem. Quando a sua qualidade não atinge os parâmetros do extra virgem ele é submetido a um processo de refino e misturado posteriormente com extra virgem. Este blend é o que comumente denominamos azeite de oliva.
A cor define a qualidade do azeite de oliva?
Não. A cor não interfere na qualidade do azeite de oliva. As degustações profissionais são feitas num copo azul escuro que não permite ver a cor do azeite porque este é irrelevante em relação à sua qualidade.
Você  sabia que é possível fazer doces com azeite de oliva espanhol?
O azeite de oliva espanhol pode substituir qualquer outra gordura vegetal na elaboração de doces, tornando-os mais saudáveis.
É melhor fritar com azeite de oliva?
Sim. Além de ser uma gordura vegetal mais saudável, ele agüenta maiores temperaturas sem se oxidar e cria uma película envolvente no alimento que impede que este se encharque de gordura. Do ponto de vista do sabor, experimente um simples ovo frito no azeite de oliva espanhol e desfrute a diferença.
Sabe como é feito o azeite de oliva espanhol?
O azeite de oliva espanhol é feito a partir do fruto da oliveira, a azeitona. É, portanto, um produto 100% natural. As azeitonas são recolhidas no último trimestre do ano e prensadas em menos de 24 horas. O suco destas azeitonas, extraído por procedimentos mecânicos, é o azeite que chega à sua mesa.

Chapada Diamantina se especializa na produção de alimentos orgânicos

Por Verusa Pinho e Caiã Pires

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil já ocupa posição de destaque na produção mundial de orgânicos. Com alimentos de melhor qualidade e, consequentemente, mais
nutritivos, esse sistema de cultivo tem sido a melhor opção para garantir a preservação do equilíbrio ambiental e a saúde de produtores e consumidores. Dispensando o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e transgênicos, a agricultura orgânica prioriza a redução do desperdício e ajuda a manter a biodiversidade.


Fazenda Ceral, uma das áreas da Bioenergia Orgânicos
Fazenda Ceral, uma das áreas da Bioenergia Orgânicos
Diante desse cenário promissor, as condições climáticas favoráveis e os recursos hídricos disponíveis fizeram a Chapada Diamantina ser a região escolhida para se tornar um grande polo na produção de fruticultura tropical orgânica. Desde 2009, uma das suas famosas cidades turísticas, Lençóis, conhecida internacionalmente pela rica história e belezas naturais, tornou-se a sede da Bioenergia Orgânicos, empresa brasileira que pretende implantar um grande complexo industrial na região.

“Idealizamos a Bioenergia há dez anos, visando à área do agronegócio, e decidimos que seria através da agricultura orgânica. Pesquisamos todos os estados, chegamos à Bahia e à Chapada Diamantina. A pesquisa se iniciou em 2006 e, três anos depois, instalamos a empresa em Lençóis, lugar que oferece todas as condições exigidas pelo projeto: áreas virgens, reserva pra servir de cortina natural, clima adequado, água e mão de obra sem o vício da agricultura convencional – com destaque para a participação de trabalhadores das comunidades quilombolas de Una e Remanso. 
Desde 2010, contamos com a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura, que assessora nossas atividades com pesquisa e tecnologia”, explica Osvaldo Araújo, ao lado do sócio Evanilson Montenegro, responsáveis pelo projeto.

Antes de começar a colher os primeiros frutos, foi preciso preparar o terreno. “Primeiramente, plantamos a alimentação do gado, para aproveitar o esterco como adubo. Além de espécies típicas, a exemplo da manga-espada, recebemos mudas elaboradas pela Embrapa, com bom desempenho no sistema orgânico de cultivo, como resistência a algumas pragas e doenças. Dentre as variedades, estão manga, maracujá, abacaxi, acerola e goiaba. Hoje dispomos de frutas exóticas funcionais, como a jabuticaba, que está sendo desenvolvida junto com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Neste ano, vendemos os primeiros abacaxis para localidades da própria Chapada e até para São Paulo, recebendo elogios pela qualidade do produto. Agora iremos buscar a certificação, pois já temos um plano de produção consistente”, acrescenta Araújo.

Fruto do Maracujá
Na fase experimental, o próximo passo é envolver os agricultores familiares, através das cooperativas e associações. “A nossa pretensão é formar parcerias produtivas, oferecendo o suporte técnico e garantindo a
compra em contrato. A meta é estabelecer produção própria de 1.400 hectares e comprar a produção de outros 1.400ha dos agricultores regionais”, descreve Araújo. No distrito de Tanquinho, a empresa irá implantar um grande complexo industrial, para abrigar a diversidade produtiva da Chapada. “Inicialmente pensamos na fabricação de sucos, mas nossa intenção é aproveitar tudo para não gerar resíduo. Em virtude da qualidade dos frutos, decidimos comercializá-los in natura, ao lado da produção de polpa. Almejamos adentrar na área medicinal e estética também, com a extração de óleos essenciais (alguns países já nos procuraram, solicitando preferência na venda). Esperamos alavancar o desenvolvimento do setor na região, abrangendo diversos municípios, como Andaraí, Mucugê e Iraquara. Queremos tornar a Chapada Diamantina especialista em orgânicos. Produzir alimentos saudáveis é o futuro!”, pontua o empresário.

Dia de Campo
Troca de experiências no 1º Dia de Campo realizado pela empresa
Rodeadas pelo Rio Santo Antônio e o minipantanal Marimbus, três áreas compõem o espaço da Bioenergia: as fazendas Bonita, Grama e Ceral. Esta última, localizada na estrada do Remanso, foi destinada à produção experimental e recebeu, no último sábado, 15/8, representantes do governo, agricultores, técnicos, engenheiros e profissionais de diferentes campos interessados no tema, durante o 1º Dia de Campo realizado pelo projeto. Na ocasião, pesquisadores e engenheiros da Embrapa explicaram os detalhes das principais práticas no cultivo de abacaxi, manga e maracujá orgânicos, que demandam maior cuidado, como a produção de mudas sadias pela técnica de seccionamento do talo.


Demonstração sobre o plantio de abacaxi orgânico
Para o jornalista e proprietário rural em Lençóis, João Neiva, o Dia de Campo foi uma oportunidade de aprofundar os conhecimentos no assunto. “Na nossa comunidade [Riachãozinho], a consciência sobre o orgânico está em evidência. Todo mundo só fala nisso! Pretendemos investir no plantio de manga e café orgânicos”, comentou.

Lorena Coelho, a Lila, do Grupo Ambientalista de Lençóis (GAL), esteve no evento e enfatizou a importância das ações sustentáveis. “No GAL, produzimos hortaliças para consumo próprio, plantas medicinais e frutíferas, inspirados pela agroecologia. Com a Bioenergia, pretendemos trocar informações e firmar parcerias”, disse.

Com foco no cultivo de café orgânico em Seabra, Piatã e Ibicoara, a Cooperativa dos Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (CooperBIO) marcou presença no Dia de Campo. Na opinião de Seu Edilson Lopes, integrante do grupo, foi uma maneira de aprender com os estudiosos e ficar por dentro das novidades.

Kling Dantas, agrônomo e gerente comercial da Meri Pobo Agropecuária, de Jaguaruana (CE), veio para a Chapada só para participar do evento. “Há 15 dias, vim conhecer a Embrapa, em Cruz das Almas. Foi quando soube da atividade em Lençóis e me interessei. Na nossa propriedade, estamos começando o cultivo de orgânicos e precisamos conhecer os aspectos dessa produção. A Chapada Diamantina é uma região fantástica!”, contou Dantas.


Variedades de maracujá cultivadas pelo projeto
Orgânicos Premiados

Mel, cachaça e café se destacam entre os produtos orgânicos da Chapada Diamantina, premiados e reconhecidos internacionalmente pela sua qualidade. Com certificação orgânica e biodinâmica, a Cachaça Serra das Almas, produzida na Fazenda Vaccaro, em Rio de Contas, foi eleita a melhor cachaça prata do país pela revista VIP em 2011. 
O mel Flor Nativa, fabricado de forma coletiva por integrantes da Associação de Apicultura e Meliponicultura do Vale do Capão, em Palmeiras, tem certificação orgânica e já foi premiado como o melhor nos Congressos Baianos de Apicultura em 2005, 2012 e 2013, e, em 2009, no Congresso Nordestino de Apicultura. A Chapada ainda tem história com o café, exportado até para o Vaticano.

Fotos: Caiã Pires

O APITO DE CADA UM

Carta aberta a alunos, professores e revisores 
O aluno conclui a graduação e ingressa na pós-graduação com deficiências estruturais porque as etapas anteriores ao ensino superior não cumprem o papel a que se destinam. 

A consequência é flagrante nos trabalhos acadêmicos, que evidenciam quase sempre uma escrita insipiente, apesar dos temas interessantes. A universidade é um local de produção de conhecimento, mas não o lugar inicial da educação.
O texto (monografia, dissertação ou tese) que chega à revisão demandando reparos muito além da concordância, regência, pontuação e ortografia já constitui indício suficiente de que o aluno não conseguiu escrevê-lo porque não aprendeu a organizar e a registrar as ideias com coesão, coerência, concisão e consistência.
A confusão estilística, a dificuldade na formatação e no manuseio das normas preconizadas pela ABNT se não obrigam o professor-orientador a cumprir uma função que não é sua, empurram para o revisor a tarefa de reescrever o trabalho, numa coautoria compulsória de um tema que não lhe pertence.
Não à toa, esse desvio de função – acumulado e em espiral – tem alimentado a indústria paralela e oportunista da produção de textos acadêmicos, anunciada às claras e à farta para quem quiser dela se valer ou apenas constatar.
Esse é o meu testemunho na qualidade de revisora e de pesquisadora em bibliotecas universitárias. E o testemunho como professora de redação é que os alunos que me chegam com essas tais dificuldades, ao se tornarem leitores críticos da própria produção, ganham autonomia para utilizar os serviços de revisor apenas para revisão, e ter do professor-orientador a condução intelectual do trabalho acadêmico de forma plena.
É parar e repensar. Se aluno, professor, orientador e revisor deve cada um tocar o respectivo apito. Ou está bom do jeito que está. Quem concordar favor compartilhar!
Saudações cordiais,
Eveline de Abreu.
Sobre-Escrita, redação
[sobrescrita.redacao@gmail.com]

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Agora é o Oeste da Bahia-Festival LEM

Unindo o Brasil de Norte a Sul, Nordeste a Oeste, o LEM Festival  pede passagem e demonstra que a Gastronomia Brasileira esta viva e a cada dia se fortalece.


O Festival LEM Gastronomia, que caminha para a segunda edição e convida chefs renomados, além de representantes da agricultura familiar, associações, entidades comerciais e produtores de alimentos da cidade para participarem das palestras, aulas-show e oficinas.

A chef Rosa tem formação em cozinha brasileira e internacional pelo SENAC, tendo trabalhado como professora na própria instituição. Realizou diversos cursos de capacitação e festivais na Bahia.
Conheça um pouco do perfil dos Chef que estarão participando do Festival LEM.

O trabalho da Chef Rosa Gonçalves tem contribuído para ampliar os registros das raízes gastronômicas da Bahia. Há alguns anos ela se dedica a pesquisa e registro da gastronomia de diversas regiões da Bahia, em especial, ao oeste do estado. Essa deliciosa aproximação resultou no Festival LEM Gastronomia, que caminha para a segunda edição e convida chefs renomados, além de representantes da agricultura familiar, associações, entidades comerciais e produtores de alimentos da cidade para participarem das palestras, aulas-show e oficinas.
A chef Rosa tem formação em cozinha brasileira e internacional pelo SENAC, tendo trabalhado como professora na própria instituição. Realizou diversos cursos de capacitação e festivais na Bahia.

O Chef Alicio Charoth, vindo de Salvador, onde criou o emblemático restaurante Maria Mata Mouro. Com experiência em restaurantes, buffets, no Brasil e em outros países. 
Pesquisador da nossa gastronomia, vem incentivando que outros profissionais da área utilizem ingredientes adquiridos dos nossos pequenos produtores, pescadores e agricultores familiares. O chef Alicio vem participando de Festivais e grandes eventos de gastronomia por todo Brasil e em outros países.


O Chef Clodomiro Tavares foi durante 8 anos o chef executivo do Hotel Catussaba onde foi responsável pelos seus grandes eventos. 
Tem formação pelo Hotel Escola Senac Águas de São Pedro-SP e pelo SENAC-BA, sendo Pós Graduado em Gestão Hoteleira. Professor de gastronomia nas faculdades UNIRB, UFBA e no curso de chef de cozinha do Senac Bahia. Vem participando ativamente de alguns Festivais organizados por nossa equipe, sendo um destaque no I Festival LEM Gastronomia.



Direto de Recife, o Chef Rivandro França vai estar com a gente. Ele começou no trabalho de base na cozinha, já tendo trabalhado com os chefes Wanderson Medeiros e Claudemir Barros. Cria e recria pratos com base na cozinha nordestina. Incentivador e divulgador do trabalho da agricultura familiar e das feiras livres. Participa de grandes eventos em Pernambuco e em outros estados. O chef Rivandro é proprietário do Restaurante "Cozinhando Escondidinho" onde sempre inova com suas receitas.


O Chef Osmane Silva começou seu trabalho servindo e auxiliando na cozinha tendo passado por vários hotéis em Brasília. Hoje o sucesso do chef é comprovado no Restaurante "Agenda 21", nas margens do Rio dos Azuis em Aurora - Tocantins. Desenvolve um trabalho de sustentabilidade na sua região, valorizando, divulgando e consumindo os produtos da agricultura familiar. O chef Osmane foi uma das revelações do I Festival LEM Gastronomia, tendo depois disso participado de outros eventos como convidado.

O Chef Gilmar Borges reside em Pirenópolis, Goiás, onde desenvolve um trabalho de pesquisa e resgate de pratos tradicionais e da doçaria de Goiás, pratos das fazendas, dos tropeiros e garimpeiros. Traz para o Festival o resultado das suas pesquisas em forma de lindos e saborosos pratos, onde utiliza os produtos do Cerrado Brasileiro. Com experiência em buffets, restaurantes e grandes eventos, participa como convidado de grandes festivais e eventos de gastronomia. No I Festival LEM Gastronomia o chef Gilmar Borges foi um dos nossos grandes sucessos
Com experiência em buffets e restaurantes, o Chef Chico Amaral vem direto de São Paulo para o Festival LEM Gastronomia. Especialista em preparação de suinos, peixes e cordeiros ele levará para o Luís Eduardo Magalhães preparações tradicionais da comida regional paulista e mineira. Incentivador dos pequenos produtores e da agricultura familiar, Chico se identifica muito com nosso trabalho desde a primeira edição do evento.